segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Bom dia! Esse e outro projeto que desenvolvemos:


PROJETO
Jardim, um pequeno mundo perto de mim, conhecendo o ambiente do jardim.
Agrupamento: EI-F
Faixa Etária: 5 a 6 anos de idade
Educadoras:
Mônica Melo de Rezende
Severina Maria da Silva

Projeto: “Jardim: um pequeno mundo perto de mim”, conhecendo o ambiente do jardim.
Justificativa:
O trabalho da professora Maria Nelsa com uma experiência de germinação despertou nas crianças uma alegria e interesses contagiantes. Em razão dessa constatação, percebemos que a exploração dos elementos da natureza, a observação dos processos de transformação não só podem mobilizar o interesse das crianças como fazê-las perceberem de que elas mesmas passam por mudanças. As vivências de plantio e comparação de elementos dos próprios canteiros do CMEI bem como de seus pequenos moradores podem ajudar  a construir atitudes de cuidado e zelo que podem se estender do jardim para as relações entre si ( relações criança/ criança) e diminuir atitudes de agressividade.









Intencionalidade:
1. Propiciar vivências e o contato com os ambientes próximos ajardinados e passeios externos para observar plantas, animaizinhos, e construir conceitos e atitudes de conservação e preservação do ambiente.
2. Construir elementos para a compreensão de que os seres vivos passam por transformações.
3. Coletar pequenos bichinhos para a observação de suas características de modo a tentar classificações construídas pelo olhar curioso das crianças.
4. Através de atitudes de cuidado e zelo com plantas, estimular essas atitudes positivas no grupo.
5. Explorar por meio do plantio de diversas espécies a construção de algumas modalidades de paisagismos em pequenos vasos e recipientes para  reciclagem.



Ações significativas e relatos e de experiências:

1.         Leitura de história, poesias, parlendas, textos científicos, textos informativos, receitas;
2.         Representações com desenhos, colagens, pintura, modelagem de elementos explorados nas vivências;
3.         Modelagens com massinha, argila.
4.         Passeios exploratórios no jardim do CMEI na praça da Igreja, no viveiro Oficina da Terra, no SINDCLUB, a vila ambiental do Parque Areião, ao novo Parque Cascavel.
5.         Relatórios coletivos dos passeios em que o professor regente é o escriba.
6.         Coleta de animaizinhos de jardim para posterior observação e devolução ao ambiente.
7.         Paisagismo num canteiro ou parede para que as crianças vivenciem momentos de plantio, rega e manutenção dos mesmos. Formar canteiro de morangos.
8.         Reutilização de materiais recicláveis tanto no paisagismo quanto na elaboração de arranjos suspensos dentro da temática confeccionado pelas crianças.
9.         Apresentação de peças teatrais (Confusões no jardim, Chuvarada, Girabelinhas)
Seguem os relatos de experiência com base nas ações significativas pensadas:
Relatório diário 24/04/09
No retorno do lanche fizemos uma roda e relemos a história “A Chuvarada”. Ao pedir que cada criança recontasse a história a seu modo, o Wesley iniciou dizendo: Era uma vez a chuvarada. Sara mencionou a parte da Joaninha que se protege  da chuva com uma flor. Em seguida o Diego completou: O grilo pulou no galho mais alto e ficou ensopado. Complementando a história o Guilherme disse. O tatu bola caiu e quase se afogou. Desse modo a história foi sendo construída Por cada criança. Nesse processo de reelaboração da história pelo grupo eu fui anotando e em casa vou registrar esse texto coletivo. No parquinho as crianças procuraram insetos em seguida passaram a recreação: shopping, corda, casinha e pato-ganso. A brincadeira do pato-ganso foi uma sugestão do Jhonathan que aprendeu a brincadeira com a professora Maria Nelsa no matutino.
Obs: Novamente a Sara foi uma das crianças que não lanchou iogurte, mas como ela  é muito ativa e despende muita energia na corda e nas brincadeiras mais movimentadas suas porções no jantar são generosas. Ela sempre prefere a comida de sal a qualquer lanche.

Relatório diário 23/04/09
Voltando do lanche na roda discutimos sobre como acontece a chuva pois levei as crianças a explicarem se o que acontece é realmente chuva no livro “A Chuvarada”. As crianças afirmaram que não passava de um banho de mangueira. Cada criança foi comentando sobre a “Chuva” enquanto a Severina anotava as suas concepções. Foi possível perceber que o aspecto da religiosidade marca as concepções das crianças dando a elas um viés criacionista como pode se observar nas falas abaixo: Diego, “A chuva caiu do céu”. Sara “Deus manda chuva. João Vitor: “A chuva cai forte porque Jesus mandou”; Ana Clara, “Deus manda molhar as plantas”. Maria Eduarda,”Os anjos ajudam a fazer a chuva; Sthefany, Tem trovões; Luis Fernando, Se a gente ficar de fora a gente molha; Jhonathan, “Deus manda a chuva cair e a gente tem abrir o guarda chuva. Guilherme;”Deus faz a chuva para cair no chão para molhar as plantas. João Vitor quando a gente chora chove. Já a Gabriela pontua uma certa percepção lógico-formal; Se não chover, os rios secam, quanto mais chove mais os rios ficam fundos. Nesse momento intervi explicando um pouco sobre o “Ciclo da chuva”. Gostaria de levar as crianças a cozinha para que pudessem observar o processo de fervura da água (Contudo o acesso não é possível). Fomos ao parquinho e as crianças brincaram de corda e lançaram mão de parlendas numéricas fizeram contagens até 17. Em seguida por sugestão do Jhonathan elas ou melhor parte delas brincaram de Pato-Ganso uma brincadeira parecida com corre-cutia. Percebo uma maior integração entre meninos e meninas, neste tipo de brincadeira e na brincadeira de pular corda.Jantar tranqüilo as crianças tem se mostrado interessadas nos combinados do refeitório. A turma como um todo aprecia o jantar e até o Jhonatham está começando a comer pequenas porções.
Obs: Nossa atividade envolveu o enfeite de bichinhos com desenhos da temática jardim. Compomos o mural com eles e depois lemos nossa história coletiva. Algumas crianças desenharam o filme “Vida de inseto.

Relatório diário 24/04/09
Retornando do refeitório lemos a prometida história; A bruxa Salomé”. Olhos atentos e curiosos acompanharam a leitura. Jamais vi tanto interesse no Gustavo Rodrigues por uma história desta vez foi ele que pediu silêncio. A turma ouviu atentamente e participou completando o texto em alguns momentos, por predição outros por repetição. A história nos foi emprestada pela Tany.
Na roda perguntei sobre os insetos o Wesley afirmou que eles tem seis patas, também conversamos sobre o fato de insetos não terem ossos. Perguntei as crianças se sabiam o que eram ossos, esqueleto. Eles tocaram a última vértebra da coluna e, disseram que o osso é duro. Quando perguntei o que era esqueleto o Diego disse: “É pra gente ficar de pé”. Falamos sobre a dengue que é transmitida por um inseto. Quando fomos ao parquinho somente a Duda se mostrou motivada a limpar o capim das jardineiras comigo. Assim mesmo o Gustavo Henrique, o Jhonatham e a Sara também ajudaram. O Gustavo Rodrigues estragou o balancinho. Ele e João Vitor a Sara, a Maria Eduarda, o Jhonatham andaram sobre a mureta do quiosque. Percebi um esforço do Jhonatham de integrar-se nas brincadeiras, depois eles brincaram de corda e pato-ganso.
No quiosque a brincadeira de pato-ganso mostrou-se mais emocionante o piso era liso. O Daniel juntou-se ao grupo. Jantar tranquilo.
Relatório diário 29/04/09
Voltando do lanche na roda lemos a história “Confusões no jardim”. Seguidas vezes lemos o texto para que as crianças memorizassem fragmentos da história. Em seguida passamos a dramatização da história. Tentei fortalecer na Gabriela a confiança e a estimulei a narrar a história como se fosse a dona do jardim. Meio receosa e tímida ela aceitou o desafio. O Matteus aceitou o papel de sapo. A Ana Clara será nossa gata dengosa. A barata por sua vez será a Gracielly.
O grilo manco ficou a cargo do Diego. O Guilherme fará o preguiçoso caramujo. A Sthefany um delicado vagalume. A mariposa achou muita graça. A minha gente estrela com fumaça? será a parte da Sara. E para fechar com chave de ouro a risonha formiga que fará a Maria Eduarda. Já no primeiro ensaio as crianças se divertiram muito.

Relatório diário 11/05/09
Voltando do lanche nos dispomos em círculo e na roda da novidade apresentei a lanterninha japonesa (ou será chinesa?!). Mostrei uma muda e uma flor. Fomos todos juntos identificando as partes da planta apresentada. Quando fui perguntando para que servia a raiz o Gustavo Rodrigues afirmou serve pra planta ficar em pé. O Diego, pra furar a terra. Aproveitando o senso comum eu acrescentei que a raiz não só fixa a planta na terra como tira os nutrientes (seu alimento) da terra. Todas as crianças identificaram as partes raiz, folha, flores contudo o termo caule pareceu novo a todos. Após a roda fomos aos canteiros e plantamos além da lanterninha uma tumbérgia. Voltamos a sala para que todos se trocassem para o banho de ducha.Como algumas crianças não quizessem o banho frio e algumas até por recomendação familiar eu as banhei em sala depois. (como no caso do Diego, já o Jhonathan negou-se ao banho e a Gracielly, não banhou como nos pediu a mãe). As crianças que banharam divertiram-se muito e até mesmo a Hizabela que vomitara todo o almoço na hora do lanche quis banhar-se segundo ela era para tirar aquele cheiro. Para as que não banharam na ducha dispus os peixinhos de plástico que ainda estavam secando e os bloquinhos de madeira.
O Jhonathan brincou muito com as pecinhas de blocos lógicos o Luis Fernando alternava banho e brincadeira com os blocos. O Diego brincou de arremessar macaquinhos. Ao retornarmos para a troca de roupas, o Diego banhou. Nos dispusemos em roda logo após o desafio que lancei as crianças esparramei os peixinhos na sala para que cada um pegasse o máximo de peixinhos que conseguisse. Foi muito proveitoso o momento trabalhamos com contagem, seriação, comparação de quantidades. Pude observar que na sala a Sara é a que mais domina a contagem em série, chegando até 39 oralmente. Contudo todos desconhecem números acima de três dezenas. Eles acharam muito divertido perceber que após cada dezena repetem-se e um, e dois, e três etc. Observei que o João Vitor ainda não domina a contagem em série até 20. O Gustavo Rodrigues ficou bem ligado na atividade. Uma coisa bastante divertida foi o esforço da Maria Eduarda e da Sara de ajudarem a Sthefany a pegar mais peixes ela ficou com 78 peixinhos contados 1 a 1 coletivamente. No retorno do jantar todos desenharam a atividade de contagem dos peixinhos e dava gosto ver a satisfação da Sthefany com a ajuda das colegas.
Relatório diário 12/05/09
Quando voltamos do lanche fizemos a roda ouvimos seguidas vezes a música Leilão de Jardim (poema musicado por Décio Marques). As crianças estavam um pouco dispersas e não foi bem o que eu esperava. Retomei aspectos de compreensão leitora do poema (ambiente, elementos, “narrador”).
A Maria Eduarda conseguiu imaginar o autor do leilão como sendo criança pois só uma criança poderia vender formigueiro, sapo. Como o poema menciona um ninho, trouxe um ninho com uma casca de ovo quebrada vestígio de um filhote de passarinho neste momento as crianças ficaram mais interessadas pegaram com cuidado no ninho e foram passando de mão em mão. Nesta hora ouve um pouco de atropelo todos queriam contar histórias de passarinhos. Expliquei que aquele ninho só foi trazido porque já tinha sido abandonado pelos filhotes. Também falei que se tratava de um ninho de rolinha. A Gabriela comentou que na casa da avó dela aparece muita rolinha. Em seguida todos fizeram seus ninhos de atadura pintados de guache marrom e enfeitaram os módulos de passarinho que entreguei. João /Vitor tem realizado as atividades mas de um jeito pouco interessado. Fizemos uma pausa para explicar a demora para ir ao parquinho porque algumas crianças como o Luís Fernando e o Diego haviam sujado muito as mesinhas. Expliquei que por isso estávamos demorando porque tínhamos de limpar o excesso. No parquinho brincaram de corda João Vitor, Matteus, Guilherme, Daniel, Sthefany, Sara, Maria Eduarda e Gracielly. Foi a primeira vez que a Maria Eduarda quis participar nas atividades que envolvem coordenação motora ampla ela demora mais tempo até conseguir realizá-las, mas o mais significativo é que isto não a faz desistir. Ela chegou até mesmo pular corda. A incentivei a continuar tentando e ela conseguiu um pouco. O Daniel ainda não consegue pular corda mas isso não o faz desistir, o que é muito bom,. Sara, Sthefany, Gracielly, Guilherme, João Vitor e Matteus dominaram bem a corda. As outras crianças dispersaram-se nos outros equipamentos do parquinho e  no quiosque. O Gustavo Rodrigues e o Jhonathan apreciaram o balancinho. O Luis Fernando também. O Diego gostou muito de ficar no quiosque.
Relatório diário 14/05/09
Ao voltarmos do refeitório ensaiamos a peça Confusões no Jardim “A Gabriela mostrou-se mais segura e já memorizou parte do texto. Algumas crianças que não haviam se interessado pela dramatização resolveram participar (Daniel, Luis Fernando, Gustavo. Fomos ao parquinho o Jhonathan desenhou lindos grafismos parecidos com “mandalas” em linha. Algumas crianças menores andaram sobre seus desenhos como se fosse uma trilha. O Diego pulou corda sobre o desenho. Num outro lugar do parquinho ele desenhou formas triangulares e disse que era uma escada. As crianças continuam gostando de pular corda mas a novidade é que a Maria Eduarda que tem mais dificuldade com atividades movimentadas e que agem o controle motor geral. Ela se empenhou e está começando a pular corda,está bastante motivada. O Daniel está nas mesmas condições, começando a aprender. O Gustavo Henrique está tentando ficar quieto o que é  muito difícil para ele que é bem ativo. Está até um pouco tristonho. No jogo de bola o Wesley acertou a bola no Matteus ele chorou mas segundo a coordenadora não foi nada grave. Ela foi comunicada na hora. Embora este seja um dos fatos mais comuns naquele contexto do CMEI em todos os agrupamentos. No retorno ouvimos o CD “Trem da História” na sua faixa “O monstro”. Tentamos trabalhar com o elemento surpresa da história a partir de luzes apagadas, todos deitados e de olhos fechados. O monstro na história é um trem. As crianças brincaram um pouco com blocos lógicos. Ainda em tempo as cordas pequenas foram usadas para puxar a gangorrinha (Sara, João Vitor).
Obs: A Maria Eduarda mostrou-se sensível e febril. Ela e Gracielly tomaram seus medicamentos.
Relatório diário 15/05/09
Logo que cheguei a Coordenação se reuniu conosco os professores. A Severina ficou com as crianças. Quando retornei fizemos a roda, cada criança pegou uma letra do alfabeto e a apresentou para o grupo. Em seguida fui chamada a Coordenação para que me reunisse com a Apoio Pedagógico. Quando retornei à sala fizemos uma dinâmica de relaxamento de olhos fechados e deitados em círculo ouvimos a história musicada “A Nuvenzinha triste” do CD Bia Bedran. Canta e Conta 2.
Bibliografia
Histórias Infantis: A Chuvarada, Confusões no Jardim, O segredo da Lagartixa, A nuvenzinha triste, Ou isto ou aquilo ( Coletânea de poesias de Cecília Meireles), Classificados poéticos (Roseana Murray).

Revistas: Recreio, Ciência Hoje.

DVDs: “Vida de inseto”, Horton e o mundo dos Quem.

Músicas: Alecrim, Piada de dois mutuns, Sabiá bem-te-vi, As quatro estações de Vivaldi, Leilão de Jardim ( poesia musicada), Girabelhinhas.
Obras de Arte: Reproduções de Monet, Matisse.
Avaliação: A Partir da observação e do contato com a natureza nos ambientes próximos foi possível observar uma atitude de curiosidade para com o ambiente do CMEI, muitas das crianças envolveram-se nas atividades de rega de plantas inclusive dos moranguinhos doados pelo Gustavo Henrique.
Algumas delas se interessaram também pela rega do ambiente próximo ao refeitório que foi ornado com as jardineiras de reaproveitamento. Na roda de conversa aprendemos sobre os insetos, suas características, sua importância na natureza, mas também discutimos sobre a dengue e seu transmissor. Foi um tempo-espaço de aprendizagem e descobertas.